Agenda Março 2013
AGENDA
DDCSCD - Serviços da
Biblioteca Municipal de Montalegre
Março de 2013
“Quando em Março arrulha a
perdiz, ano feliz.”
“… A Biblioteca Pública é o centro local de
informação, tornando prontamente acessíveis aos seus utilizadores o
conhecimento e a informação de todos os géneros.”
Manifesto da
Unesco sobre Bibliotecas Públicas
LER +Poesia
Os Erros
A
confusão a fraude os erros cometidos
A transparência perdida — o grito
Que não conseguiu atravessar o opaco
O limiar e o linear perdidos
Deverá tudo passar a ser passado
Como projecto falhado e abandonado
Como papel que se atira ao cesto
Como abismo fracasso não esperança
Ou poderemos enfrentar e superar
Recomeçar a partir da página em branco
Como escrita de poema obstinado?
Sophia de Mello Breyner Andresen, in "O Nome das Coisas"
A transparência perdida — o grito
Que não conseguiu atravessar o opaco
O limiar e o linear perdidos
Deverá tudo passar a ser passado
Como projecto falhado e abandonado
Como papel que se atira ao cesto
Como abismo fracasso não esperança
Ou poderemos enfrentar e superar
Recomeçar a partir da página em branco
Como escrita de poema obstinado?
Sophia de Mello Breyner Andresen, in "O Nome das Coisas"
AUTOR (es) em
Destaque
Sophia de Mello Breyner Andresen
Literatura Contemporânea
Neo-Realismo
Neo-Realismo
Biografia
Sophia de Mello Breyner Andresen
“A
sua infância e adolescência passaram-se entre o Porto e Lisboa, onde frequentou
o curso de Filologia Clássica. Após o casamento com o advogado Francisco de
Sousa Tavares, fixa-se em Lisboa, passando a dividir a sua actividade entre a
poesia e a intervenção cívica contra a ditadura de Salazar, que então dominava
o país. As duas actividades não são, no entanto, separáveis: se, por um lado,
foi candidata pela Oposição Democrática nas eleições legislativas de 1969,
sócia fundadora da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos e, após a
Revolução de Abril de 1974, deputada à Assembleia Constituinte pelo Partido
Socialista, a poesia ergue-se também como uma voz da liberdade, especialmente
em O Livro Sexto.
Contemporânea
de Jorge de Sena, Eugénio de Andrade, Alexandre O’Neill, Tomaz Kim, José Blanc
de Portugal, Ruy Cinatti, António Ramos Rosa, David Mourão-Ferreira, fez parte
da geração de Cadernos de Poesia (1940-42) e colaborou também na Távola Redonda
(1950-54) e na Árvore (1951-53), o que a identifica com uma prática poética que
afirma um ideal de modernidade, mas que nessa afirmação valoriza acima de tudo
a busca do mistério poético, aí, e só aí, se inscrevendo um sistemático
trabalho de depuração formal. Sophia é um dos expoentes de uma poesia onde o
culto das técnicas de expressão só em função daquela busca e sua simultânea
celebração ganha sentido, nunca enquanto mera representação do real como
acontecera com a geração precedente que deu corpo ao ideal neo-realista, nem
como mero jogo de intuições poéticas imediatas, como o foi em grande parte a
poesia surrealista que igualmente se afirmou por esses anos. Nesse sentido,
esta é, no seu equilíbrio de conceitos e procedimentos, uma poesia naturalmente
humana e por isso clássica no seu modo de ser moderna.
Profundamente
mediterrânica na sua tonalidade, a linguagem poética de Sophia de Mello Breyner
denota uma sólida cultura clássica, onde se inscreve a sua paixão pela cultura
grega como referente quase sempre presente e onde a relação do signo com o
mundo circundante é uma relação de transparência e luminosidade. O ritmo, a
construção melódica é expressão desse equilíbrio como o é da tensão – que por
isso deixa de o ser – entre a vocação pura, emocional, e o seu modo reflectido,
contido, de se escrever. A inspiração poética confunde-se, por outro lado, em
Sophia, com o registo e o canto das coisas lisas e essenciais, um registo de
imanência, e isso lhe confere uma espécie de magia. Luz, verticalidade e magia
estão, aliás, quase sempre presentes na obra de Sophia: quer na obra poética,
quer na importante obra para crianças que, inicialmente destinada aos seus
cinco filhos, rapidamente se transformou num clássico da literatura infantil em
Portugal, marcando sucessivas gerações de jovens leitores com títulos como O
Rapaz de Bronze, A Fada Oriana ou A Menina do Mar.
Sophia é
ainda tradutora para português de Anunciação a Maria, de Claudel, “Purgatório”
da Commedia de Dante (com prefácio do Prof. Vieira de Almeida), Hamlet e Muito
Barulho por Nada, de Shakespeare, Medeia, de Eurípedes, e Ser Feliz e Um Amigo,
de Leit Kristianson; e traduziu para francês poemas de Camões, Cesário Verde,
Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa.”
Títulos e Sugestões de Leitura
Livros escritos por Sophia de Mello Breyner Andresen
Livro Sexto (1962)Contos Exemplares (1962)Histórias Da Terra E Do Mar (1984)O Búzio De Cós E Outros Poemas (1997)A Noite de Natal (2006) Obra Poética de Sophia de Mello Breyner Andresen (2011)
"Hoje declarei em casa de uns amigos que a maior prova de amor que um poeta pode dar a uma mulher é a sua intimidade. Escrever versos diante dela é qualquer coisa como parir com um Cristo à cabeceira da cama."
Fonte - Diário
(1936) Tema - Poeta
Miguel Torga
Literatura Moderna
3º Período: Modernismo
3º Período: Modernismo
Biografia
Miguel Torga
é o pseudónimo adoptado por Adolfo Correia da Rocha para assinar a sua obra
literária. O Nome Miguel é uma espécie de homenagem aos espanhois: Miguel
Cervantes, Miguel de Molinos e Miguel de Unamuno. O nome Torga, por sua vez, é
uma homenagem a planta urze, também conhecida como "torga", que
existia em grande número na terra natal do poeta. Miguel Torga nasce a 12 de
Agosto de 1907 em São Martinho da Anta, Trás-os-Montes. Depois de cursar as
primeiras letras, ingressa, em 1918, no seminário de Lamego, para fazer os
estudos do Liceu, mas, por não se adaptar ao colégio, sai depois de um ano e
vai para o Brasil, com apenas 13 anos, para trabalhar na "capinagem"
do café na fazenda de um tio, localizada em Santa Cruz, Estado de Minas Gerais.
Em 1925, retorna a Portugal, faz o Liceu e, em 1928, além de se matricular na
Universidade de Coimbra, faz a sua estreia no mundo literário com o livro de
poesias "Ansiedade". Durante os anos de estudante universitário
liga-se ao grupo da Revista Presença. Essa revista, que teve o primeiro
exemplar publicado em 10 de Março de 1927, foi o meio divulgador das ideias
desse grupo, também conhecido como presencismo. Por volta de 1930 Miguel Torga
e Branquinho da Fonseca (director da revista) abandonam o grupo por considerarem
haver imposição de limites à liberdade criativa. Juntos fundam a revista Sinal,
que teve apenas um número publicado. Em 1934 usa pela primeira vez o pseudónimo
de Miguel Torga ao publicar o livro em prosa "A Terceira Voz". Dois
anos depois participa do lançamento da revista Manifesto, que teve apenas cinco
números publicados. A partir daí afasta-se dos grupos literários dedicando-se a
medicina e à produção literária. No ano de 1939 casa-se com a belga Andrée
Crabbé, que lecionava na Universidade de Lisboa. Algum tempo depois, por
motivos políticos, a sua esposa é proibida de leccionar. Em 1940, graça as
críticas à ditadura fascista implantada na Espanha pelo general Francisco
Franco contidas na obra "O quarto dia..." levaram-no à prisão. Torga
também teve alguns dos seus livros apreendidos porque, até antes do "25 de
Abril", opunha-se abertamente a Ditadura Salarazista, vigente em Portugal.
Depois da queda de Salazar presidiu à primeira reunião do órgão regional do
centro do Partido Socialista, mas nunca se filiou a partido algum, porque não
concordava com suas ideologias. Torga falece em Coimbra no dia 17 de janeiro de
1995. Na obra de Miguel Torga há o predomínio do "homem" e suas
relações, harmoniosas ou não, com a terra e com o mundo. A morte e a solidão
também são temas constantes nos seus escritos, que revelam não só a amplitude
universal do poeta, mas também a consciência da brevidade humana.
Títulos e Sugestões de Leitura
A Criação Do Mundo Poesia Completa Vol. I Portugal Poesia Completa Vol. II Ansiedade (1928)Rampa (1930)Tributo (1931)Pão Ázimo (1931)Abismo (1932)A Terceira Voz (1934)O Outro Livro De Job (1936)Bichos (1940)Contos Da Montanha (1941)Rua (1942)O Senhor Ventura (1943)Lamentações (1943)Libertação (1944)Novos Contos Da Montanha (1944)Vindima (1945)Odes (1946)Nihil Sibi (1948)Cântico Do Homem (1950)Diário (1950)Pedras Lavradas (1951)Alguns Poemas Ibéricos (1952)Penas Do Purgatório (1954)Orfeu Rebelde (1958)Câmara Ardente (1962)Poemas Ibéricos (1965)Diário - Volumes I a IV (2010)Diário II - Volumes IX a XVI (2010)Diário Volumes IX a XII (2011)Diário Volumes XIII a XVI (2011)
Ações de
promoção do Livro, Leitura e Literacia
07
de Março - Outras Leituras*…
18 a 28 de
Março – Programa Específico – Férias da Páscoa Na Biblioteca *
19 de Março –
Dia do pai
Exposição Bibliográfica – ANDRESEN,
Sophia de Mello Breyner – A POETISA
21
de Março- Dia Mundial da Árvore * - POEMA
22
de Março- Dia Mundial da Água
25
de Março - LER + dá Saúde - Portugal
a Sorrir – Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral - Ação de Sensiblização pelos enfermeiros do
Centro de Saúde de Montalegre na Biblioteca Municipal
Plataforma do Conhecimento /Biblioteca
Digital /RNOD - BN- Fundo Local
Rede Concelhia de Bibliotecas de Barroso
(RCBM) – *Em Montalegre Ler + e Melhor… nas
Bibliotecas dos JI e 1º CEB
Formação – Catálogo nas Bibliotecas do
2º/3ºciclos e Secundário
Leitores + de Fevereiro de 2013
*(
Programação Específica)
DDCSCD - Biblioteca Municipal
de Montalegre, Rua General Humberto Delgado, nº358
5470 – 247 Montalegre
Telef. 276 510 200
Horário: segunda e quarta – 13.00h - 19.00h
terça, quinta e sexta – 9.00h-12.30h 14.00h-17.30h
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“O comportamento é um
espelho no qual todos mostramos o que somos.”
Alfred Montapert
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