quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Agenda Março 2013



AGENDA

DDCSCD - Serviços da Biblioteca Municipal de Montalegre

Março de 2013

“Quando em Março arrulha a perdiz, ano feliz.”

“… A Biblioteca Pública é o centro local de informação, tornando prontamente acessíveis aos seus utilizadores o conhecimento e a informação de todos os géneros.”        
                                    Manifesto da Unesco sobre Bibliotecas Públicas

LER +Poesia
Os Erros
A confusão a fraude os erros cometidos
A transparência perdida — o grito
Que não conseguiu atravessar o opaco
O limiar e o linear perdidos

Deverá tudo passar a ser passado
Como projecto falhado e abandonado
Como papel que se atira ao cesto
Como abismo fracasso não esperança
Ou poderemos enfrentar e superar
Recomeçar a partir da página em branco
Como escrita de poema obstinado?

Sophia de Mello Breyner Andresen, in "O Nome das Coisas"

AUTOR (es) em Destaque




Sophia de Mello Breyner Andresen

Literatura Contemporânea
Neo-Realismo
Biografia

Sophia de Mello Breyner Andresen

“A sua infância e adolescência passaram-se entre o Porto e Lisboa, onde frequentou o curso de Filologia Clássica. Após o casamento com o advogado Francisco de Sousa Tavares, fixa-se em Lisboa, passando a dividir a sua actividade entre a poesia e a intervenção cívica contra a ditadura de Salazar, que então dominava o país. As duas actividades não são, no entanto, separáveis: se, por um lado, foi candidata pela Oposição Democrática nas eleições legislativas de 1969, sócia fundadora da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos e, após a Revolução de Abril de 1974, deputada à Assembleia Constituinte pelo Partido Socialista, a poesia ergue-se também como uma voz da liberdade, especialmente em O Livro Sexto.
Contemporânea de Jorge de Sena, Eugénio de Andrade, Alexandre O’Neill, Tomaz Kim, José Blanc de Portugal, Ruy Cinatti, António Ramos Rosa, David Mourão-Ferreira, fez parte da geração de Cadernos de Poesia (1940-42) e colaborou também na Távola Redonda (1950-54) e na Árvore (1951-53), o que a identifica com uma prática poética que afirma um ideal de modernidade, mas que nessa afirmação valoriza acima de tudo a busca do mistério poético, aí, e só aí, se inscrevendo um sistemático trabalho de depuração formal. Sophia é um dos expoentes de uma poesia onde o culto das técnicas de expressão só em função daquela busca e sua simultânea celebração ganha sentido, nunca enquanto mera representação do real como acontecera com a geração precedente que deu corpo ao ideal neo-realista, nem como mero jogo de intuições poéticas imediatas, como o foi em grande parte a poesia surrealista que igualmente se afirmou por esses anos. Nesse sentido, esta é, no seu equilíbrio de conceitos e procedimentos, uma poesia naturalmente humana e por isso clássica no seu modo de ser moderna.
Profundamente mediterrânica na sua tonalidade, a linguagem poética de Sophia de Mello Breyner denota uma sólida cultura clássica, onde se inscreve a sua paixão pela cultura grega como referente quase sempre presente e onde a relação do signo com o mundo circundante é uma relação de transparência e luminosidade. O ritmo, a construção melódica é expressão desse equilíbrio como o é da tensão – que por isso deixa de o ser – entre a vocação pura, emocional, e o seu modo reflectido, contido, de se escrever. A inspiração poética confunde-se, por outro lado, em Sophia, com o registo e o canto das coisas lisas e essenciais, um registo de imanência, e isso lhe confere uma espécie de magia. Luz, verticalidade e magia estão, aliás, quase sempre presentes na obra de Sophia: quer na obra poética, quer na importante obra para crianças que, inicialmente destinada aos seus cinco filhos, rapidamente se transformou num clássico da literatura infantil em Portugal, marcando sucessivas gerações de jovens leitores com títulos como O Rapaz de Bronze, A Fada Oriana ou A Menina do Mar.
Sophia é ainda tradutora para português de Anunciação a Maria, de Claudel, “Purgatório” da Commedia de Dante (com prefácio do Prof. Vieira de Almeida), Hamlet e Muito Barulho por Nada, de Shakespeare, Medeia, de Eurípedes, e Ser Feliz e Um Amigo, de Leit Kristianson; e traduziu para francês poemas de Camões, Cesário Verde, Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa.”






Títulos e Sugestões de Leitura

Livros escritos por Sophia de Mello Breyner Andresen




"Hoje declarei em casa de uns amigos que a maior prova de amor que um poeta pode dar a uma mulher é a sua intimidade. Escrever versos diante dela é qualquer coisa como parir com um Cristo à cabeceira da cama."
Fonte - Diário (1936) Tema - Poeta




Miguel Torga
Literatura Moderna
3º Período: Modernismo

Biografia
Miguel Torga é o pseudónimo adoptado por Adolfo Correia da Rocha para assinar a sua obra literária. O Nome Miguel é uma espécie de homenagem aos espanhois: Miguel Cervantes, Miguel de Molinos e Miguel de Unamuno. O nome Torga, por sua vez, é uma homenagem a planta urze, também conhecida como "torga", que existia em grande número na terra natal do poeta. Miguel Torga nasce a 12 de Agosto de 1907 em São Martinho da Anta, Trás-os-Montes. Depois de cursar as primeiras letras, ingressa, em 1918, no seminário de Lamego, para fazer os estudos do Liceu, mas, por não se adaptar ao colégio, sai depois de um ano e vai para o Brasil, com apenas 13 anos, para trabalhar na "capinagem" do café na fazenda de um tio, localizada em Santa Cruz, Estado de Minas Gerais. Em 1925, retorna a Portugal, faz o Liceu e, em 1928, além de se matricular na Universidade de Coimbra, faz a sua estreia no mundo literário com o livro de poesias "Ansiedade". Durante os anos de estudante universitário liga-se ao grupo da Revista Presença. Essa revista, que teve o primeiro exemplar publicado em 10 de Março de 1927, foi o meio divulgador das ideias desse grupo, também conhecido como presencismo. Por volta de 1930 Miguel Torga e Branquinho da Fonseca (director da revista) abandonam o grupo por considerarem haver imposição de limites à liberdade criativa. Juntos fundam a revista Sinal, que teve apenas um número publicado. Em 1934 usa pela primeira vez o pseudónimo de Miguel Torga ao publicar o livro em prosa "A Terceira Voz". Dois anos depois participa do lançamento da revista Manifesto, que teve apenas cinco números publicados. A partir daí afasta-se dos grupos literários dedicando-se a medicina e à produção literária. No ano de 1939 casa-se com a belga Andrée Crabbé, que lecionava na Universidade de Lisboa. Algum tempo depois, por motivos políticos, a sua esposa é proibida de leccionar. Em 1940, graça as críticas à ditadura fascista implantada na Espanha pelo general Francisco Franco contidas na obra "O quarto dia..." levaram-no à prisão. Torga também teve alguns dos seus livros apreendidos porque, até antes do "25 de Abril", opunha-se abertamente a Ditadura Salarazista, vigente em Portugal. Depois da queda de Salazar presidiu à primeira reunião do órgão regional do centro do Partido Socialista, mas nunca se filiou a partido algum, porque não concordava com suas ideologias. Torga falece em Coimbra no dia 17 de janeiro de 1995. Na obra de Miguel Torga há o predomínio do "homem" e suas relações, harmoniosas ou não, com a terra e com o mundo. A morte e a solidão também são temas constantes nos seus escritos, que revelam não só a amplitude universal do poeta, mas também a consciência da brevidade humana.


Títulos e Sugestões de Leitura





Ações de promoção do Livro, Leitura e Literacia

07 de Março  - Outras Leituras*…    

08 de Março - Dia Internacional da Mulher  - SAIBA MAIS…

18 a 28 de Março – Programa Específico – Férias da Páscoa Na Biblioteca *

19 de Março – Dia do pai

21 de Março - Dia Mundial da Poesia (UNESCO


Exposição Bibliográfica – ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner – A POETISA

21 de Março- Dia Mundial da Árvore * - POEMA


25 de Março - LER + dá Saúde  - Portugal a Sorrir – Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral  - Ação de Sensiblização pelos enfermeiros do Centro de Saúde de Montalegre na Biblioteca Municipal




Plataforma do Conhecimento /Biblioteca Digital /RNOD - BN- Fundo Local

Rede Concelhia de Bibliotecas de Barroso (RCBM) – *Em Montalegre Ler + e Melhor… nas Bibliotecas dos JI e 1º CEB


Formação – Catálogo nas Bibliotecas do 2º/3ºciclos e Secundário


Leitores + de  Fevereiro de 2013

*( Programação Específica)

DDCSCD - Biblioteca Municipal de Montalegre, Rua General Humberto Delgado, nº358
5470 – 247 Montalegre
Telef. 276 510 200


Horário: segunda e quarta – 13.00h - 19.00h
              terça, quinta e sexta – 9.00h-12.30h                14.00h-17.30h

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“O comportamento é um espelho no qual todos mostramos o que somos.”

Alfred Montapert






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