MENSAGEM DA DIRETORA GERAL DA UNESCO POR OCASIÃO DO DIA INTERNACIONAL DA PAZ
21 de setembro
Parcerias para a Paz – Dignidade para Todos
Em 2015 comemoramos o Dia Internacional da Paz, ao
lado do 70º aniversário da UNESCO. Durante 70 anos a nossa mensagem tem
sido a mesma. A paz deve ser construída na mente das mulheres e dos
homens, tendo como base os direitos humanos, a dignidade, no âmbito da
cooperação, na educação, nas ciências, cultura, comunicação e
informação. A solidariedade e o diálogo, são as bases mais sólidas para a
paz, guiadas pela igualdade, respeito e compreensão mútua.
Em tempos conturbados, quando todas as sociedades
estão em processo de transformação, e a cultura é objeto de ataques,
esta mensagem nunca foi tão importante. Este é um ano decisivo para o
mundo já que os Estados definirão uma nova agenda mundial para o
desenvolvimento sustentável. Esta, será uma agenda para a paz, através
de alianças em todo o mundo e em todos os níveis da sociedade. Hoje,
acredito que atualmente cada um de nós tem a responsabilidade partilhada
de moldar um futuro melhor para todos, pela construção da paz, nas
nossas vidas, todos os dias.
A paz é mais do que a ausência de conflitos armados
entre os Estados e no interior dos mesmos. A mensagem do Congresso
Internacional sobre a Paz na Mentes dos Homens, organizado pela UNESCO,
em Yamoussoukro en 1989, foi clara: para promover uma cultura de paz é
necessário construir um entendimento mútuo entre as comunidades, os
grupos sociais e as pessoas. Hoje mais do que nunca, os direitos humanos
e a dignidade têm de ser o nosso ponto de partida, e o diálogo deve ser
a nossa ferramenta mais poderosa. Tendo presentes estes objetivos, a
UNESCO lidera a Década Internacional para a Aproximação de Culturas
(2013-2022), proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, com o
fim de promover a riqueza da diversidade cultural e construir novas
pontes para o diálogo. Este mesmo espirito guia o novo quadro de ação
integrado da UNESCO. “Capacitar os jovens para edificar a paz” que
aspira a dotar as mulheres e os homens jovens de conhecimentos,
competências e valores que os capacitem para viver uma vida pacífica,
construtiva e produtiva e atuar como cidadãos do mundo responsáveis.
Nenhum Estado, por mais poderoso que seja, pode
garantir a paz sozinho. Juntos, em parceria, podemos erguer os baluartes
da paz nas mentes das mulheres e dos homens, -especialmente nas mentes
jovens-, para promover novas relações de harmonia e compaixão para com
os outros e o mundo.
Irina B